quinta-feira, 30 de julho de 2015

Reflexão: Mês de Agosto! Que mês é esse?

Estamos num dos meses, que se realizam datas importantes de nossa comunidade católica.

* Agosto é para lembrarmos as vocações: Padre, Pais, Religiosos, Leigos e Catequistas.

*Agosto é o mês da Semana da Família. Entre os dias 09 a 15 de agosto acontece, em toda Igreja do Brasil, a Semana Nacional da Família.

*Agosto é o mês de Festas litúrgicas como: S. João Vianney (Cura d’Ars – França) – Transfiguração do Senhor Jesus, S. Lourenço – o Santo da Grelha – Santa Clara de Assis (pobreza)- São Roque (Protetor contra as pestes) – Papa Pio X (reforma do catecismo) – N. Senhora Rainha – S. Bartolomeu (apóstolo) – Santa Mônica (Mãe do Bispo S. Agostinho) – S. Agostinho (Autor de muitas obras) Martírio de S. João Batista (degolado). Além de outros Santos!

Modelos de vida, Santos solteiros, Casados, Leigos e catequistas, todos viveram em família!

Voltamos a nossa reflexão a Bíblia, que ela diz sobre a família?
* O Eclesiástico, livro escrito duzentos anos antes de Cristo, nos convida a servir nossos pais na alegria e a orar por eles, e nos adverte: "Quem honra o pai, expia os pecados; quem glorifica a mãe, é como se acumulasse tesouros" (Eclo 3,3).

* O apóstolo Paulo lembrou-lhes as virtudes necessárias na vida de um discípulo de Cristo - virtudes que são essenciais no ambiente familiar: a compaixão, a bondade, a humildade, a mansidão, a paciência, o perdão, o amor, a paz e a gratidão (cf. Cl 3,12-15).

* Jesus, o Filho de Deus, submetendo-se a José e a Maria, nos ensina que a transformação das pessoas e do mundo não se realiza por atos de orgulho e dominação, mas pela humilde obediência à vontade do Pai que está nos céus. Ele quis que Jesus vivesse numa família e nela crescesse "em sabedoria, idade e graça diante de Deus e dos homens" (Lc 2,52). Foi na família de Nazaré, escola de amor e compreensão, que Jesus se preparou para a sua missão.
Iluminados pela Palavra de Deus, temos agora melhores condições de responder à pergunta: Quais as características que a família de hoje deve ter para preparar adequadamente crianças e jovens para a vida?
Em primeiro lugar, ela tem como missão ajudar cada um a crescer como ser humano. Numa sociedade que facilmente nos transforma em robôs, a família apresenta-se como um importante centro de personalização. É nela que cada qual é acolhido como ser único e insubstituível, como ser livre, consciente e responsável.
Outro papel da família: ser evangelizadora, isto é, educadora da fé. Do ponto de vista cristão, ela tem como missão ensinar que Deus é Pai - um Pai que por amar infinitamente cada filho e filha quer vê-los vivendo na justiça, na fraternidade e no amor. Ele não aceita uma vida conduzida pelo egoísmo, tanto assim que seremos julgados pela lei do amor. Filhos do mesmo Pai, somos irmãos; ora, essa fraternidade deve manifestar-se por meio de gestos concretos de doação e solidariedade, especialmente voltados para aqueles que, morando ao nosso lado, sob o mesmo teto, são o nosso "próximo". Cabe à família descobrir formas de celebrar sua fé, procurar momentos para se unir em torno da Bíblia e relacionar-se com Deus pela oração. "A família que reza unida, permanece unida".
É missão da família preparar os filhos para a vida na sociedade. É na família que a criança aprende as leis básicas do comportamento social e o jovem desenvolve seu espírito crítico, descobrindo a diferença entre o bem, que deve ser buscado, e o mal, que deve ser evitado. Em seu interior, o diálogo é essencial, pois aproxima pessoas de idades, temperamentos, jeitos e gostos diferentes.
Formar pessoas, evangelizar e construir a sociedade. Trata-se de uma missão difícil para a família? Certamente! Isso prova que Deus tem altos planos para nós. Ele, que é Pai, ao mesmo tempo que faz nascer em nosso coração belos sonhos, possibilita sua concretização com a sua graça. Mais: pelo sacramento do matrimônio, torna a presença de Seu Filho Jesus uma realidade concreta nos lares que o procuram, buscam a sua bênção e o aceitam como Senhor.
Iniciativas para a evangelização familiar, não faltam, tais como: O 8º Encontro Mundial das Famílias, que ocorrerá na Filadélfia, nos Estados Unidos da América, entre os dias 22 e 25 de setembro com o tema “O amor é nossa missão: a família plenamente viva”, inclusive com a presença do Papa Francisco; e da 14ª Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, que acontecerá em Roma, de 04 a 25 de outubro com o tema “A vocação e a missão da família na Igreja e no mundo contemporâneo”.
Dizem, os Padres Sinodais, que é importante ressaltar que “o matrimônio cristão é uma vocação que se acolhe mediante uma preparação adequada ao longo de um itinerário de fé, através de um discernimento maduro, e não deve ser considerado unicamente uma tradição cultural, nem sequer uma exigência social ou jurídica”.
Este processo, reafirmam os bispos, será importante destacar a espiritualidade familiar, a oração, a participação na Eucaristia dominical, e os encontros de casais para promover o crescimento da vida espiritual e a solidariedade nas exigências concretas da vida.
“Liturgias, práticas devocionais e Eucaristias celebradas para as famílias, principalmente no aniversário do matrimônio, foram mencionadas como vitais para favorecer a evangelização através da família”.
As Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil 2015-2019, uma das urgências da ação evangelizadora é contemplar no plano pastoral uma “Igreja a serviço da vida plena para todos”. Isto porque o próprio Jesus nos ensinou que o serviço à vida começa pelo respeito à dignidade da pessoa humana, independente da sua condição social.
A família, patrimônio da humanidade, lugar e escola de comunhão, primeiro espaço para a iniciação à vida cristã das crianças, no seio do qual os pais são os primeiros catequistas, merece sempre uma atenção especial, por ser também um lugar privilegiado que acolhe a vida. A estrutura familiar é o primeiro espaço que deveria defender e promover a dignidade da vida humana em todas as etapas da existência, desde a fecundação até a morte natural.
Na família, ninguém devia sofrer preconceito nem discriminação, mas todos devem ter o direito de serem acolhidos, amados, e perdoados, independente das condições materiais e do contexto histórico social em que a pessoa vive.
Na família, é importante o zelo pelo bem comum, mas sem esquecer de cuidar do nosso bem mais importante, a vida.
A família tem que estar sempre voltada para a sua santificação, motivo que deve nos unir acima de todos os desafios que é a fé! Como Rezamos: “Não olheis os nossos pecados, mas a fé que anima nossa Igreja, a melhor família de todas”!
Sagrada Família, Rogai por nós!